Como dimensionar o reforço estrutural em pavimentos asfálticos

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Diversos são os métodos de dimensionamento de um reforço estrutural, cada levando um ou mais critérios de dimensionamento. Os métodos mais utilizados nos Brasil são aqueles que tem origem estrangeira: americanos ou latino americanos.

Alguns destes métodos de reforço estrutural adotam um ou mais critérios. Entretanto antes da adoção de um modelo é importante a realização de uma retroanálise para determinar o módulo de resiliência das camada, aplicar em modelos de análise de deformações e tensões e então saber e mensurar o motivo dos defeitos apresentados no pavimento. Aqui serão apresentados dois modelos de dimensionamento, o CBR e o DNER-PRO B.

Método da Resistência (CBR)

O critério da resistência nada mais é do que a aplicação dos conceitos básicos de proteção do subleito contra as deformações plásticas excessivas ou a ruptura, assim como apresentado no artigo de dimensionamento de pavimentos flexíveis. O dimensionamento do reforço é realizado considerando o conhecimento dos materiais e as espessuras das camadas, o conhecimento das condições do pavimento (como o CBR do subleito, do reforço e também da subbase) e a redefinição dos coeficientes de equivalência estrutural com base na observação do estado do pavimento.

Dessa forma, o método de dimensionamento com base na resistência resulta em redimensionar o pavimento, levando em consideração os dados obtidos através de uma inspeção ou o conhecimento do projeto.

Método do DNER – PRO 011/79 B

O dimensionamento do reforço através do método do DNER tem como hipótese uma deflexão máxima admissível para as misturas asfálticas, através da repetição das cargas. Ou seja, o método DNER PRO B leva em consideração as deflexões sofridas ao longo do horizonte de projeto, adotando um número como máximo.

A deflexão admissível no reforço, durante o horizonte de projeto, é limitado pela Equação 1 e dado em 0,01mm.

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Equação 1 – Deflexão máxima admissível.

A espessura do reforço, por sua vez, pode ser encontrado pela Equação 2. Onde, R é o raio de curvatura, dp é a deflexão característica do projeto  (obtido por ensaio de deflexão) e Dadm é a deflexão admissível. O R dividido por 0,4343 pode ser também encontrado como a constante “K”, representando a constante das propriedades de deformabilidade. Para o caso de reforço em CBUQ o DNER recomenda que seja usado um valor de K igual a 40.

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Equação 2 – Espessura do reforço estrutural

Segundo o DNER deve ser levado em conta ainda para a escolha do critério de cálculo a Tabela 1.

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Tabela 1 – Critérios para avaliação estrutural. Fonte: DNER (1979)

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Fontes:

BALBO, José Tadeu, “PAVIMENTAÇÃO ASFÁLTICA: Materiais, projeto e restauração”. São Paulo, 2007.

BERNUCCI, L.B; MOTTA, L.M.G; CERATTI, J.A.P; SOARES, J.B. “PAVIMENTAÇÃO ASFÁLTICA: Formação básica para Engenheiros”. Rio de Janeiro, 2008.

Departamento Nacional de Estradas de Rodagem. “AVALIAÇÃO ESTRUTURAL DOS PAVIMENTOS FLEXÍVEIS”. 1979.

PEIXOTO, Creso de Franco; “GENERALIDADES DE PAVIMENTAÇÃO RODOVIÁRIA”. Rio Claro, 2003.

PRIETO, Valter; “NOTAS DE AULA – SUPERESTRUTURA RODOVIÁRIA”. Centro Universitário da FEI. São Bernardo do Campo, 2016.

 

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