A flambagem de via permanente consiste em um deslocamento lateral brusco dos trilhos, geralmente causado por esforços térmicos excessivos combinados com condições estruturais desfavoráveis da via. Esse fenômeno representa um risco significativo à segurança operacional, podendo ocasionar descarrilamentos e interrupções no tráfego ferroviário. A expansão térmica dos trilhos, especialmente nos sistemas de trilhos soldados contínuos , gera tensões compressivas longitudinais que, na ausência de contenção adequada pela superestrutura e infraestrutura da via, podem culminar em instabilidade lateral.
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Olha o Jacaré! Entenda o que é um Aparelho de Mudança de via em Ferrovias

O transporte ferroviário é um dos modais mais eficientes para escoamento de cargas e transporte de passageiros, especialmente em grandes distâncias. Dentro dessa complexa infraestrutura, um dos componentes essenciais para a operação segura e eficiente é o Aparelho de Mudança de Vias (AMV), também conhecido popularmente como “jacaré”. Este dispositivo é responsável por permitir a transposição controlada de composições ferroviárias entre diferentes trilhos, garantindo a flexibilidade e dinamismo das redes ferroviárias.
Trem descarrila e tomba no Rio de Janeiro: Entenda o que é a flambagem da via férrea

No dia 20 de fevereiro de 2025 um trem descarrilou em Magé, no Rio de Janeiro, devido à alta temperatura do trilho. Segundo informações do G1, o trilho estava com uma temperatura de aproximadamente 71°C e acabou sofrendo dilatação por conta disso. Esse tipo de defeito causado pela dilatação dos trilhos é chamado de flambagem da via férrea, e ela reforça, mais uma vez, a necessidade de estudos de clima em obras de infraestrutura. Neste artigo, vamos entender um pouco melhor o que é a flambagem da via férrea.
O que é flambagem da via férrea?
A flambagem da via férrea é um fenômeno crítico que afeta a segurança e o desempenho das ferrovias, caracterizando-se pela deformação ou deslocamento lateral dos trilhos devido a condições ambientais adversas, como o aumento da temperatura. Esse problema está diretamente relacionado à dilatação térmica dos trilhos, um efeito físico natural que ocorre quando o metal dos trilhos se expande ou se contrai com as variações de temperatura. Compreender os mecanismos envolvidos na flambagem e adotar medidas preventivas eficazes é fundamental para garantir a integridade da via férrea e a segurança da operação ferroviária.
O que é necessário para atuar com excelência na pavimentação?
A pavimentação é uma área complexa e você não pode se esquecer disso. Para atuar com excelência, os engenheiros, técnicos e outros profissionais devem estar em constante aprimoramento.
Dentre os diversos assuntos que o profissional precisa conhecer, 3 deles acabam se destacando e eu quero te explicar o motivo:
1️⃣ Dimensionamento de Pavimentos
Aprender a dimensionar pavimentos é muito importante para que a estrutura seja técnica e economicamente viável. Além disso, dimensionar envolve também saber analisar o tráfego, entender a mecânica dos pavimentos e saber utilizar diferentes critérios de projeto. No Dimensionamento de Pavimentos 2.0 eu te ensino tudo isso de forma didática, prática e eficiente.
O que é Engenharia de Transportes?

Quais são as áreas de atuação de um Engenheiro de Transportes?
A engenharia de transportes é uma das grandes áreas da engenharia civil. Contudo, algumas faculdades possuem um departamento específico de Engenharia de Transportes. Outras, devido a demanda do mercado, criaram um curso de graduação focado na área de Transportes.
Mas vocês sabe quais são as áreas de atuação do Engenheiro de Transportes?
Tenho certeza que uma das áreas você nem sabia que pertencia a esse departamento.
Como dimensionar o Lastro Ferroviário pelo método TALBOT

O dimensionamento adequado das camadas de lastro e sublastro é fundamental para que a via ferroviária não precise de manutenções constantes. O erro nesse tipo de dimensionamento pode fazer com que a via sofra de constantes problemas de desnivelamento, prejudicando o tráfego, a segurança e exigindo muitas manutenções.
A distribuição de tensões apresenta um espraiamento de ângulo variando de 30° a 45° com a horizontal. Essa distribuição é considerada para todos os eixos dos dormentes, transversal e longitudinal, conforme Figura 1.
Como dimensionar os trilhos ferroviários pelo método Talbot

Há dois métodos mais consagrados para dimensionamento de trilhos ferroviários, ambos baseiam-se na consideração da grade apoiada em um meio elástico, ou seja, o modelo é semelhante a uma viga solicitada sobre uma fundação deformável.
O procedimento de cálculo pelo método de Talbot admite que cada trilho da via trabalha em uma condição semelhante a uma viga sobre apoio elástico, seguindo o modelo de equação diferencial apresentado na Equação 1.
Como majorar a carga para dimensionamento de Ferrovias

No dimensionamento dos trilhos, para a definição dos momentos fletores e das tensões atuantes no trilhos, é necessário a utilização de um parâmetro que relaciona a condição de suporte da via, ou seja, da resposta elástica da camada de lastro. No dimensionamento de Talbot, esse parâmetro é chamado de módulo de fundação da via (U), e para o dimensionamento de Zimmermann o parâmetro é chamado de coeficiente de lastro (c).
Considerações básicas para o dimensionamento de Ferrovias

Antes de iniciar o dimensionamento das camadas e dos componentes de uma via permanente é necessário definir previamente o local de origem e do destino da ferrovia, a fim de realizar um estudo geométrico do traçado da via. É necessário definir o objetivo do transporte, se será utilizado como transporte de carga ou de pessoas, e as características do veículo, como carga por eixo e a frequência operacional máxima e mínima.
Conheça as 3 categorias de Esforços atuantes em Ferrovias

Para o dimensionamento dos elementos que compõem a superestrutura da via permanente é necessário definir, e quantificar, os esforços atuantes na via. Nas ferrovias, os eixos dos veículos ferroviários geram esforços nos trilhos, que são transmitidos para dormentes e desses para o lastro e sublastro. Essas camadas granulares atuam como um apoio elástico para a estrutura.

