A Reciclagem a Frio de Pavimentos

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Figura 1 – Aplicação de espuma de betume. Fonte: http://infraestruturaurbana17.pini.com.br

A reciclagem a frio utiliza como ligante uma emulsão asfáltica, onde a fabricação e a aplicação da reciclagem a frio é realizada em temperatura ambiente, o que tem como vantagem a redução dos gastos energéticos e a emissão de poluentes.

No âmbito de misturas recicladas a frio é possível utilizar também espuma de betume (Foamed bitumen) como ligante. A espuma é formada por betume dispersa em um gás dispersante, em geral o vapor d’água.

Nesse tipo de reciclagem é necessário o aquecimento do betume e a produção do vapor d’água. A qualidade da espuma é verificada pela taxa de expansão e a meia vida. A taxa de expansão é a relação entre o volume máximo alcançado pela espuma e o volume final após a dissipação da espuma. A meia vida é o tempo, em segundos, entre o instante em que alcança o volume máximo e o instante que o volume reduz.

As especificações recomendam meia vida superior a 12 segundos e a taxa de expansão superior a 10. A temperatura dos agregados durante a mistura com espuma é entre 13°C e 23°C. O aquecimento dos agregados melhora a dispersão da espuma e facilita o revestimento de partículas maiores, temperaturas inferiores resultam em uma baixa qualidade da mistura. A Figura 2 ilustra a fabricação de espuma de betume.

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Figura 2 – Espuma de Betume. Fonte: https://fbpt.com.au

Outro tipo de reciclagem a frio é a reciclagem com cimento. As misturas quando recicladas com cimento apresentam maior resistência e maior módulo resiliência, entretanto estão mais propensos a fissura. A adição de cimento na mistura pode ocorrer de 5 maneiras, sendo elas:

  1. Adicionar o material fresado, cimento e água separado.
  2. Juntar previamente água e cimento, e em seguida o material fresado.
  3. Adicionar previamente a passagem da recicladora.
  4. Adicionar cimento com dispositivos a frente da maquina recicladora.
  5. Adicionar nata de cimento e água através de misturadoras móveis que circulam acopladas a recicladora.

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Fontes:

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BERNUCCI, L.B; MOTTA, L.M.G; CERATTI, J.A.P; SOARES, J.B. “PAVIMENTAÇÃO ASFÁLTICA: Formação básica para Engenheiros”. Rio de Janeiro, 2008.

EAPA. “DIRETIVAS AMBIENTES SOBRE AS MELHORES TÉCNICAS DISPONÍVEIS PARA PRODUÇÃO DE MISTURAS BETUMINOSAS”. 1998.

ESTEVES, S.F. “RECICLAGEM DE PAVIMENTOS BETUMINOSOS: INFLUÊNCIA DA GRANULOMETRIA NAS PROPRIEDADES MECÂNICAS DE MISTURAS RECICLADAS A FRIO COM EMULSÃO“. Tese de Mestrado: Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Porto, 2014.

PEIXOTO, Creso de Franco; “GENERALIDADES DE PAVIMENTAÇÃO RODOVIÁRIA”. Rio Claro, 2003.

PRIETO, Valter; “NOTAS DE AULA – SUPERESTRUTURA RODOVIÁRIA”. Centro Universitário da FEI. São Bernardo do Campo, 2016.

 

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