Aprenda a classificação ACN-PCN utilizada em aeroportos!

Os pavimentos são estruturas dimensionadas para proteger o subleito quanto à uma certa solicitação do tráfego para determinado critério de falha, normalmente a deformação permanente e a fadiga das camadas asfálticas e cimentadas. No caso dos pavimentos aeroportuários, essa solicitação ocorre por meio do contato das rodas do trem de pouso das aeronaves durante uma operação de decolagem.

Diversos são os modelos de aeronaves que podem compor o tráfego solicitante de um pavimento aeroportuário. Após o projeto e construção de um pavimento, este estaria então condizente com o nível de solicitações da composição considerada no projeto. Agora, e se uma aeronave não considerada solicitar pouso neste aeroporto? Para este e outros casos é estabelecido o método ACN-PCN.

Aprenda a utilizar o software ELSYM5 para verificação mecanística de pavimentos!

Uma das etapas fundamentais do dimensionamento de pavimentos no Brasil é a verificação mecanística. O método de dimensionamento em vigor no Brasil possui como critério de falha a ruptura por cisalhamento das camadas do pavimento. Ou seja, um dos principais defeitos que observamos nos pavimentos, a fadiga, não é prevista no método. Para que o pavimento não sofra de ruptura precoce por fadiga, o engenheiro deve então realizar uma análise estrutural do pavimento e verificar se a estrutura proposta atende ao período de vida útil definido para os diferentes modos de falha.

Considerações sobre a pressão de enchimento dos pneus em métodos de dimensionamento de pavimentos

Figura 1 – Considerações sobre a pressão de enchimento dos pneus em métodos de dimensionamento de pavimentos

O dimensionamento de pavimentos consiste em determinar a espessura das camadas para resistir uma certa solicitação durante um horizonte de projeto. Diversas variáveis precisam ser estudadas para que o projeto atinja o seu objetivo principal e proporcione segurança e conforto ao usuário. Contudo, um dos maiores motivos de reclamação em cidades é a presença de buracos nas vias. A verdade é que existem diversos motivos pelos quais a vida útil de um pavimento pode ser influenciada. Este artigo não tem como objetivo esgotar todo o assunto, mas sim apresentar um motivo que pode estar prejudicando o desempenho dos pavimentos rodoviários.

Durante o período de projeto de um pavimento rodoviário, existem diversos tipos de eixos e diferentes configurações de carga que podem solicitar a estrutura. Dessa forma, é necessário que os diferentes eixos sejam analisados em função de um mesmo referencial. O chamado eixo rodoviário padrão foi estabelecido no final da década de 1950 durante as pesquisas desenvolvidas nas pistas experimentais da AASHO e que tinham como objetivo entender o dano causado pelo tráfego nos pavimentos. Você pode ler mais sobre as pistas experimentais da AASHO em um artigo específico no Além da Inércia clicando aqui.

Entenda a diferença entre o CBR e o Módulo de Resiliência

Em diversos países, o método de dimensionamento de pavimentos tem passado por atualizações que são importantes para garantir um bom desempenho dessas estruturas. Para o dimensionamento de pavimentos, é necessária a realização de alguns ensaios que tem como objetivo a caracterização do comportamento dos materiais. A evolução dos métodos de dimensionamento, de empíricos para empírico-mecanísticos, reflete também em mudanças nos ensaios necessários para essa definição de materiais.

O que é Califórnia Bearing Ratio (CBR)?

Quando tratamos especificamente do dimensionamento das estruturas de pavimentos, o ensaio mais conhecido é com certeza o Califórnia Bearing Ratio – comumente chamado pela sigla CBR. O ensaio CBR, bem como o método CBR de dimensionamento de pavimentos, foi o primeiro ensaio desenvolvido para avaliação do subleito em estradas na Califórnia.

O que é o Módulo de reação do Subleito?

Figura 1 – Conheça a Teoria das Placas Isotrópas e o Módulo de reação do Subleito. Fonte da Figura: https://www.votorantimcimentos.com.br/

O dimensionamento de pavimentos de concreto simples é realizado utilizando a teoria das placas isótropas, onde a estrutura apoiada em um meio elástico que por simplificação é representado por um sistema de molas. Neste modelo simplificado, o solo responderia com uma reação aos esforços impostos sobre a placa e estaria condicionada ao deslocamento na superfície da placa. Dessa forma, a constante elástica é chamada de módulo de reação do subleito e ela está relacionada com a rigidez do sistema.

Winkler (1867) foi quem desenvolveu um modelo simplificado para calcular os esforços de reação de subleitos em fundações rasas, o qual é composto por molas que não transmitem esforços de cisalhamento entre si e com constante elástica idêntica. Dessa forma, a pressão de reação do subleito é medido pelo produto do deslocamento vertical sofrido (y) e a constante elástica da mola (k), conforme Equação 1.

Entenda como a água pode danificar os pavimentos!

Figura 1 – Entenda como a água pode danificar os pavimentos. Fonte: Autor, 2019.

Um pavimento é definido como uma estrutura capaz de resistir aos esforços horizontais e verticais, proporcionando segurança e comporto ao usuário. Contudo, diversos são os fatores que podem influenciar e diminuir a capacidade estrutural ou funcional dos pavimentos, por exemplo, a água. Segundo SUZUKI, AZEVEDO e KABBACH JUNIOR (2013) a água pode infiltrar no pavimento através de juntas, trincas, bordos de acostamentos ou outros defeitos presentes na superfície do pavimento. Contudo, além de processos de infiltração, água livre nos pavimentos pode também ser resultado da elevação do lençol freático ou ascenção capilar.

O caminho da água até o pavimento

Os manuais de projeto de dimensionamentos, como o do DNIT (2006) e da AUSTROADS (2017), recomendam que o lençol freático seja rebaixado em, pelo menos, 1,5 metros através da instalação de drenos profundos longitudinais. Contudo, SUZUKI, AZEVEDO e KABBACH JUNIOR (2013) relatam que mesmo com esse rebaixamento do lençol freático, o subleito continua com uma umidade excessiva e que a infiltração de água é a principal responsável.

Análise da influência do diferencial térmico positivo em placas de concreto para dimensionamento e análise de fadiga

Figura 1 – Pavimento de Concreto no Aeroporto de Madri. Fonte: Autor, 2020.

O dimensionamento de pavimentos de concreto simples é realizado utilizando a teoria das placas isótropas, onde a estrutura apoiada em um meio elástico que por simplificação é representado por molas que não transmitem esforços de cisalhamento entre si. Neste modelo simplificado, o solo responderia com uma reação aos esforços impostos sobre a placa e estaria condicionada ao deslocamento na superfície da placa. Dessa forma, a constante elástica é chamada de módulo de reação do subleito e ela está relacionada com a rigidez do sistema.

Em muitos métodos de dimensionamento de pavimentos de concreto, o empenamento térmico não é considerado nas análises para determinar as tensões críticas solicitadas por cada eixo. Os modelos de fadiga, utilizados para determinar o consumo de fadiga pela hipótese de Palmgren-Miner, utilizam a relação de tensões para avaliar a fadiga na estrutura. A relação de tensões é definida pelo quociente entre a tensão de tração solicitante pelo eixo em questão e a resistência a tração à flexão, sendo a última geralmente assumida nos métodos de dimensionamento como 4,5 MPa em 28 dias. O dimensionamento da PCA (1984) utiliza o método dos elementos finitos para análise de tensões e a vida útil da estrutura é definida pelo critério do consumo de fadiga. Neste método, além dos limites de utilização quanto ao módulo de elasticidade empregado, não são consideradas as tensões de empenamento térmico. Segundo Balbo (2009) a equação de fadiga utilizada pela PCA (1984) possui uma faixa de aplicação para relações de tensão variando de 0,55 a 0,45. Dessa forma, relações de tensão inferiores a 0,45 são consideradas como ilimitadas.

Para análise da influência do empenamento térmico e outros fatores que afetam o dimensionamento de estruturas de pavimentos de concreto, serão analisados algumas posições de carga em uma estrutura pré definida e seguindo algumas recomendações de outros autores para definição dos parâmetros dos materiais utilizados.

4 Funções de um Pavimento Rodoviário – Entenda o que é um Pavimento Rodoviário!

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Você já parou para se perguntar o que define um pavimento rodoviário? O que um pavimento rodoviário precisa cumprir ou quais critérios ele deve atender? No vídeo de hoje do Além da Inércia nós conversamos sobre as 4 funções que um pavimento deve atender!

Essas são funções que definem a necessidade de um pavimento para o uso rodoviário e, em alguns casos, outros tipos de pavimentos também! Vamos conversar um pouco sobre o que é um pavimento seguro e quais solicitações ele deve suportar. Conheça essas 4 funções dos pavimentos no nosso canal do Youtube! Link abaixo:

Conheça a primeira estrada pavimentada!

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Os pavimentos são estruturas que estão presentes em nossas vidas e solicitamos estas estruturas todos os dias para nos deslocar, seja pelas ruas de uma cidade ou pelas rodovias. Mas você sabe como surgiu a pavimentação?

No vídeo de hoje do Além da Inércia falamos sobre o surgimento do conceito de pavimentação e como foi a primeira estrada pavimentada! Acesse novo vídeo para conhecer estes pavimentos!

Conheça os pavimentos que são projetados para quebrar!

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Se você olhasse esta foto provavelmente pensaria que o pavimento falhou por que foi mal projetado. Mas a verdade é que ele cumpriu exatamente para o propósito o qual foi dimensionado!

No vídeo de hoje do Além da Inércia nós falamos sobre este tipo de pavimento. Então, assista já nosso vídeo no Youtube para entender o porquê este pavimento quebrar é algo positivo!

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