Quando realizar atividades de Manutenção e Reabilitação nos Pavimentos?

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Figura 1 – Remendos em pavimento. Fonte da Figura: Autor desconhecido

A conservação dos pavimentos pode ser definido como um conjunto de serviços que tem como objetivo a preservação dos pavimentos nas condições em que ele foi originalmente construído. As atividade de manutenção e reabilitação devem ser executadas com um certo grau de periodicidade, e é definida no planejamento do sistema de gerência de pavimentos em nível de rede.

Os principais objetivos dessas atividades são:

  • Prolongar a vida útil da rodovia
  • Reduzir o custo de operação dos veículos
  • Contribuir para que as rodovias fiquem sempre abertas ao tráfego

As atividades relacionadas a manutenção e reabilitação classificam-se em manutenção preventiva, manutenção corretiva, reconstrução e reforço. A manutenção tem como objetivo preservar ou manter o período de projeto do pavimento, aumentando pouco a serventia mas evitando com que o pavimento se deteriore precocemente. A reabilitação tem como objetivo prolongar a vida útil, elevando o nível de serventia próximo ao máximo. Esse tipo de atividade possui maior investimento, porém com maior qualidade.

A Figura 2 ilustra a queda de qualidade do pavimento ao longo do tempo e os custos para manutenções. É possível analisar que quando o pavimento perde 40% de qualidade, os custos para manutenções são de U$ 6 a 7 dólares por metro quadrado.  Ao esperar a queda da qualidade para 60% os custos aumentam em 5 vezes.

O Custo de manutenção cresce exponencialmente com o aumento da degradação do pavimento. A restauração por recapeamento é admitida até determinada condição e na sua ausência, o pavimento irá degradar tão intensamente que sua reconstrução parcial ou total será inevitável em certo período.

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Figura 2 – Atividades de Manutenção e Reabilitação. Fonte: http://infraestruturaurbana17.pini.com.br

As atividades de prevenção são aquelas realizadas em intervalos predeterminados com critérios igualmente preestabelecidos, e buscam reduzir a probabilidade de falha ou de degradação funcional. Com isso, são aplicados para evitar o surgimento ou agravamento de defeitos em pavimentos. As principais atividades de prevenção são os remendos superficiais, desobstrução do sistema de drenagem, reparos localizados, limpeza da pista, selagem de pequenas trincas e camadas esbeltas com objetivo de  selar o pavimento (seal coating). A Figura 1 ilustra a atividade.

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Figura 1 – Manutenção preventiva. Fonte: https://americanasphaltandstriping.com

As atividades de recuperação são reparos em pequenas áreas do pavimento. A recuperação é um tipo de atividade de manutenção corretiva na qual é realizada após a ocorrência do problema, e divide-se em restauração ou reabilitação. A restauração é aplicada aos pavimentos que ainda estão habilitados e apresentando desempenho compatível, mas perto do estágio final de vida útil. A reabilitação é aplicada em pavimentos que já passaram do estágio final de vida útil e apresentam anomalias que prejudicam o desempenho funcional. A Figura 2 ilustra a atividade.

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Figura 2 – Atividade de recuperação. Fonte: https://tvjaguari.com.br

As atividade de reconstrução são aqueles com objetivo de reestruturar o pavimento, ou seja, adicionar ou substituir as camadas estruturais de um pavimento com o objetivo de fazer com que suporte as solicitações do tráfego. A reconstrução das camadas pode ser tanto total como parcial. Esse tipo de atividade é aplicada quando o pavimento encontra-se muito deteriorado e com problemas mais graves. A Figura 3 ilustra pavimento que precisa de reconstrução.

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Figura 3 – Pavimento precisando de reconstrução. Fonte: http://asfaltodequalidade.blogspot.com

As atividades de reforço são camadas asfálticas colocadas acima de um pavimento já existente, após a correção dos defeitos. Os reforços são comuns mesmo que o pavimento não apresente defeitos estruturais, mas é aplicado também para readequar o pavimento a uma nova demanda. Clicando aqui você encontra o dimensionamento de reforços.

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Fontes:

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BERNUCCI, L.B; MOTTA, L.M.G; CERATTI, J.A.P; SOARES, J.B. “PAVIMENTAÇÃO ASFÁLTICA: Formação básica para Engenheiros”. Rio de Janeiro, 2008.

JÚNIOR, J.L.F; “Notas de Aulas da disciplina de Sistema de Gerência de Pavimentos“. Escola de Engenaharia de São Carlos (USP-EESC). São Carlos, 2018.

MEDINA, J; MOTTA, L.M.G. “Mecânica dos Pavimentos”. Rio de Janeiro, 2015.

PEIXOTO, Creso de Franco; “GENERALIDADES DE PAVIMENTAÇÃO RODOVIÁRIA”. Rio Claro, 2003.

PRIETO, Valter; “NOTAS DE AULA – SUPERESTRUTURA RODOVIÁRIA”. Centro Universitário da FEI. São Bernardo do Campo, 2016.

 

 

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