
As Cortinas são estruturas de contenção consideradas como estruturas esbeltas. Esse tipo de estrutura é recomendado quando não se dispõe de área suficiente para abrigar a base do muro, ou quando é necessário conter um desnível superior a 5 metros.
As cortinas são muito utilizadas em escavações para a utilização em projetos de fundação e de obras subterrâneas, como por exemplo, o Metrô, galerias, tubulações enterradas ou subsolos de edifícios. As cortinas podem ou não apresentar os tirantes. Os tirantes são empregados em situações em que o trecho enterrado, chamado de “ficha”, não é suficiente para garantir a estabilidade da estrutura. Dessa forma emprega-se o tirante para reforçar a estrutura e manter a estabilidade do sistema. A Figura 1 e Figura 2 ilustram as cortinas de contenção e cortinas atirantadas.


O modelo construtivo das cortinas pode variar conforme o lugar de aplicação, podendo necessitar de escavação para os casos de obras subterrâneas. Diferente de alguns outros modelos de contenção, os deslocamentos resultantes em estruturas esbeltas nem sempre atendem as hipóteses clássicas das teorias de Rankine e Coulomb. Isso ocorre devido à modificação do estado de tensões originais resultante da escavação ou retro aterro. Dessa forma, o método de cálculo de cortinas é muitas vezes concebido devido o monitoramento de obras, estudo de modelos reduzidos e simulações numéricas.
Diversas são as soluções executivas de engenharia para o emprego de cortinas, sendo as mais comuns às cortinas de perfis metálicos com prancha de madeira, cortinas atirantadas, parede de concreto estroncada, perfil metálico com pranchão de concreto, cortina de estacas justapostas. Algumas dessas soluções são consideradas contenções provisórias, muitas vezes devido a durabilidade da solução e empregados quando não é possível a utilização de taludes.
As rupturas dos sistemas de contenção podem gerar problemas graves e inclusive levar a morte de trabalhadores e o comprometimento da estabilidade de estruturas vizinhas. As rupturas em sistemas podem ocorrer devido a tensões excessivas do sistema de suporte, aproximando-se da resistência dos materiais envolvidos, como por exemplos esforços de flexão na cortina excedendo os valores resistentes e outros problemas de resistência do solo. Dessa forma é necessária uma análise geotécnica especifica e precisa para garantir a estabilidade da escavação.
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Fontes:
DAS, B.M; SOBHAM, K; “FUNDAMENTOS DE ENGENHARIA GEOTÉCNICA“. 8º Edição. California: Cengage Learning, 2010
GERCOVICH, D; DANZIGER, B.R; Saramago, R. “CONTENÇÕES: TEORIA E APLICAÇÕES EM OBRAS”. São Paulo: Oficina de Textos, 2016