O tratamento superficial consiste de uma espessura delgada e executada por espalhamento de ligante asfáltico seguido de agregados. Os agregados do tratamento superficial são responsáveis pela textura da camada, e dessa forma devem apresentar características geométricas e físico-químicas, como:
- Abrasão Los Angeles 40%
- Índice de Forma > 0,5
- Durabilidade com perda 12%
- Granulometria obedecendo as faixas.
A distribuição granulométrica dos Tratamentos superficiais deve ser o mais próximo de uma distribuição uniforme, ou seja, pouca variação na granulometria. O uso de graduação contínua, variedade nos tamanhos das partículas, pode gerar ausência na cobertura dos grãos, diminuindo a adesão e consequentemente, com risco de exsudação. Já quando os agregados são uniformes, ocorre o aumento da estabilidade da estrutura devido a adesão dos grãos.
Segundo Bernucci, Motta, Ceratti e Soares (2008) costuma-se denominar os agregados de dimensões pelos diâmetros nominais mínimos (d) e máximos (D). Os tamanhos relativos das peneiras são definidos pela Equação 38, sendo que o valor de k varia de 0,5 a 0,8.

O Quadro 1 apresenta uma recomendação para a graduação dos agregados, a qual varia com base no tráfego. Sendo que tráfego 1 é aquele que possui volume diário médio maior que 2000 veículos, tráfego 2 é aquele que apresenta volume diário médio entre 500 e 2000 veículos, e o tráfego 3 o que apresenta volume diário médio menor que 500 veículos.

O método de dosagem experimental também é chamado de método do ensaio de bandeja, o qual consiste em espalhar os agregados sobre uma placa plana de área 50×50 centímetros obtendo um mosaico uniforme de agregados, sem que ocorra a superposição ou falhas. Segundo Bernucci, Motta, Ceratti e Soares (2008) esse procedimento deve ser realizado 3 vezes.
A taxa de agregados graúdos da primeira camada (Tg) pode ser calculada pela Equação 2, e é resultado do quociente entre a massa dos agregados na placa e a área da placa.

Sabendo-se qual é a massa específica aparente solta dos agregados é possível fazer a conversão para litros por metro quadrado. O procedimento ocorre dividindo a taxa de agregados (kg/m²) pela massa específica aparente (g/cm³), e fazendo algumas conversões de unidade.
A taxa de agregado miúdo (Tm) é considerada como aproximadamente a metade da taxa de agregados graúdos. Já a taxa de ligante (Tl), considerando a utilização de CAP, é calculado pela Equação 4 considerando a taxa de agregados total, Equação 3.


A dosagem dos agregados é auxiliada com a utilização da caixa dosadora, conforme Figura 1, o qual apresenta um medidor em litros por metro quadrado.

Na execução de TSD assume-se que 60% do ligante seja utilizado no primeiro banho e 40% no segundo banho, conforme DNER ES 309/97 podem ser utilizados ainda como ligantes CAP 150/200 e emulsões RR1C e RR2C, desde que conste no projeto.
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Fontes:
BALBO, José Tadeu, “PAVIMENTAÇÃO ASFÁLTICA: Materiais, projeto e restauração”. São Paulo, 2007.
BERNUCCI, L.B; MOTTA, L.M.G; CERATTI, J.A.P; SOARES, J.B. “PAVIMENTAÇÃO ASFÁLTICA: Formação básica para Engenheiros”. Rio de Janeiro, 2008.
MEDINA, J; MOTTA, L.M.G. “Mecânica dos Pavimentos”. Rio de Janeiro, 2015.
PEIXOTO, Creso de Franco; “Generalidades de Pavimentação Rodoviária”. Rio Claro, 2003.
PRIETO, Valter; “Notas de Aulas da disciplina de Superestrutura Rodoviária”. Centro Universitário da FEI. São Bernardo do Campo, 2016.