O Stone Matrix Asphalt (SMA) é uma mistura asfáltica elaborada na década de 1960, na Alemanha. O SMA após compactado apresenta uma macrotextura que permite o escoamento das águas sem a sobreposição dos agregados, entretanto o SMA não tem como intenção apenas melhorar o escoamento da água e da aderência, mas principalmente de aumentar a resistência ao cisalhamento das misturas asfálticas.
A mistura de Stone Matrix Asphalt apresenta uma elevada quantidade de agregados graúdos, cerca de 70% a 80%, e por isso apresenta grande volume de vazios entre os agregados. Esses vazios são preenchidos pelo mastique, que é a mistura entre filer, a fração de areia e ligante asfáltico. Dessa forma, o SMA é uma mistura que maximiza o contato entre os agregados graúdos e embora apresente granulometria descontínua para os agregados, os vazios são preenchidos pelo mastique, exigindo um teor de ligante entre 6% e 7,5%. Além disso, as misturas de SMA costumam apresentar fibras de celulose em sua composição para diminuir o escorrimento da mistura, o qual o ensaio é descrito na norma AASHTO T 305/97.
O SMA é uma mistura considerada impermeável pois apresenta cerca de 4% a 6% de vazios em pista. A grande quantidade de agregados graúdos resulta em uma superfície mais rugosa, melhorando a macrotextura dos pavimentos e que gera benefícios para a drenabilidade e para o contato entre pneu pavimento. A Figura 1 ilustra a comparação entre agregados utilizados para CBUQ e para SMA, e a Figura 2 ilustra a superfície do SMA.


O SMA é especificado pela norma alemã ZTV Asphalt StB 94/2001, o qual apresenta 4 faixas de granulometria utilizadas. Para tráfego pesado é utilizada as faixas granulométricas denominadas de 0/11S e 0/8S. A mistura é especificada ainda pela norma americana AASHTO MP 8-02. A Tabela 1 apresenta as faixas granulométricas da norma alemã, e a Tabela 2 as especificações da AASHTO.


Segundo BERNUCCI, MOTTA, CERATTI e SOARES (2008), as principais características de desempenho do SMA são:
- boa estabilidade a elevadas temperaturas;
- boa flexibilidade a baixas temperaturas;
- elevada resistência ao desgaste;
- boa resistência à derrapagem
- redução do spray ou cortina de água durante a chuva;
- redução do nível de ruído ao rolamento.
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Fontes:
BALBO, José Tadeu, “PAVIMENTAÇÃO ASFÁLTICA: Materiais, projeto e restauração”. São Paulo, 2007.
BERNUCCI, L.B; MOTTA, L.M.G; CERATTI, J.A.P; SOARES, J.B. “PAVIMENTAÇÃO ASFÁLTICA: Formação básica para Engenheiros”. Rio de Janeiro, 2008.
PEIXOTO, Creso de Franco; “GENERALIDADES DE PAVIMENTAÇÃO RODOVIÁRIA”. Rio Claro, 2003.
PRIETO, Valter; “NOTAS DE AULA – SUPERESTRUTURA RODOVIÁRIA”. Centro Universitário da FEI. São Bernardo do Campo, 2016.
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