O subleito é a camada final da terraplanagem e deve apresentar certa regularização para as próximas camadas. Segundo a DNIT 137/2010, a regularização do subleito deve ser feita com o próprio solo, apresentando expansão menor ou igual a 2%, e com índice de suporte Califórnia (CBR) e compactação determinados pelas normas do DNER 49/94 e DNER 129/94, respectivamente. Os ensaios de caracterização do solo de subleito devem ser realizados a cada 200 metros de pista, para compactação, e 400 metros para o ensaio de CBR. Em áreas de até 4000 m² devem ser coletados pelo menos 5 amostras.
Para o controle de execução, deve ser realizado ensaio de umidade higroscópica imediatamente antes da compactação da camada, segundo DNER 052/94. O ensaio é realizado para cada 100 metros de pista, por meio do “speed test”. A Figura 1 ilustra o ensaio.

A variação de umidade permitida, segundo a norma, é de 2 pontos percentuais para cima ou para baixo da umidade ótima, determinada pelo DNER 129/94. Caso não ocorra, deve-se realizar os seguintes procedimentos:
- Umidade acima da ótima = Revolver o solo (aeração)
- Umidade abaixo da ótima = Umedecer o solo
A compactação do solo em campo ocorre por meio de rolos compactadores que variam conforme o tipo de solo presente. Em solos argilosos são utilizados Rolo Tamping (Pata Curta) ou Rolo pé de carneiro (Pata Longa). Os solos siltosos utilizam Rolo Liso de pneus ou metálicos. Os solos granulares, por sua vez, utilizam Rolo Liso e de preferência vibratórios para aumentar a eficiência. Caso o lugar tenha área restrita de movimentação, ou lugares em que um maquinário muito grande é de difícil manobra, são utilizados compactadores manuais, como o Sapo, Placa vibratória ou Soquete Manual.




Após a compactação é necessário verificar se a camada atingiu o grau de compactação (GC) exigido. Segundo a DNIT 137/2010, o grau de compactação do solo de subleito não deve ser inferior a 100%. A verificação do GC ocorre por meio do ensaio de frasco de areia, descrito na DNER 92/94, que é utilizado para mensurar o peso específico seco em campo. Com o peso específico de campo, ele é comparado com o valor obtido em laboratório para densidade máxima aparente seca.
Após finalizada a compactação é realizada a verificação geométrica da pista, o qual permite as seguintes tolerâncias:
- 10 centímetros para largura da pista
- Até 20%, em excesso, para flecha de abaulamento (declividade transversal em relação ao eixo). Não é tolerada falta.
- 3 centímetros em relação as cotas do greide de projeto.
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Fontes:
BALBO, José Tadeu, “PAVIMENTAÇÃO ASFÁLTICA: Materiais, projeto e restauração”. São Paulo, 2007.
BERNUCCI, L.B; MOTTA, L.M.G; CERATTI, J.A.P; SOARES, J.B. “PAVIMENTAÇÃO ASFÁLTICA: Formação básica para Engenheiros”. Rio de Janeiro, 2008.
DNIT – DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES. “DNIT ES 137 – REGULARIZAÇÃO DE SUBLEITO”. Rio de Janeiro, 2010.
DNIT – DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES. “MANUAL DE PAVIMENTAÇÃO”. IPR 719. Rio de Janeiro, 2006.
PEIXOTO, Creso de Franco; “GENERALIDADES DE PAVIMENTAÇÃO RODOVIÁRIA”. Rio Claro, 2003.
PRIETO, Valter; “NOTAS DE AULA – SUPERESTRUTURA RODOVIÁRIA”. Centro Universitário da FEI. São Bernardo do Campo, 2016.
boas informações.Como faço para me escrever
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