Qual a diferença entre Pintura de Ligação e Imprimação asfáltica?

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Figura 1 – Aplicação de Imprimação. Fonte da Figura: https://www.pmvc.ba.gov.br/

Para os ligantes asfálticos, como por exemplo o emprego em imprimações asfálticas, são utilizados Asfaltos diluídos de Petróleo (ADP) ou emulsões asfálticas (EAP). Basicamente a diferença está no modo como o CAP torna-se liquido. Os métodos serão tratados a seguir.

Asfalto Diluído de Petróleo (ADP)

Os asfaltos diluídos de petróleo são cimentos asfálticos liquefeitos com a adição de uma mistura de solvente. Os ADP apresentam menor viscosidade e podem ser aplicados em temperaturas mais baixas, podendo ser classificados em “Cura Rápida” ou “Cura Média”.

Os ADP de Cura rápida apresentam como diluente o emprego de Nafta. O de Cura média, por sua vez, apresenta querosene.  Os asfaltos diluídos são bastante aplicados como filme de impermeabilização e ligação sobre camadas de solos.

Os tipos de ADP e suas comuns utilizações são:

  • CM-30: Imprimação de Superfícies com textura fechada.
  • CM-70: Imprimação de superfícies com textura aberta.
  • CR-70: Pintura de ligação sobre superfícies não absorventes.
  • CR-250: Tratamentos superficiais invertidos e pré misturas a frio.

Emulsões Asfálticas de Petróleo (EAP)

As emulsões asfálticas são compostos de uma fase dispersa em um meio dispersante. São produzidas com a mistura do CAP na água e uma pequena porção de emulsificantes. O emulsificante deve ser um produto que possua afinidade com o asfalto e com a água, e a viscosidade de uma EAP dependerá da porcentagem de CAP utilizado na fabricação.

O processo de evaporação da água é classificada como a Ruptura da emulsão, trocando a coloração do material de marrom para preto. As emulsões podem ser de ruptura rápida, ruptura média, ruptura lenta ou lama asfáltica.

Os tipos de EAP e suas comuns utilizações são:

  • RR-1C: Pintura de ligação, tratamentos superficiais e macadame betuminoso.
  • RR-2C: Pintura de ligação, tratamentos superficiais, macadames betuminosos.
  • RM-1C: Pintura de ligação, pré misturado a frio e areia-asfalto.
  • RM-2C: Pintura de ligação, pré misturado a frio e areia-asfalto.
  • RL-1C: Pintura de ligação, pré misturado a frio, areia asfalto e solo betume.
  • LA-1C: Lama asfáltica e Solo betume.
  • LA – 2C: Lama asfáltica e solo betume.

No caso de locais onde necessita de liberação rápida para o tráfego, não devem ser utilizadas emulsões de ruptura lenta.

Qual o objetivo da imprimação Asfáltica?

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Figura 2 – Aplicação da imprimação. Fonte da Figura: http://www.nta-asfaltos.com.br/

As imprimações asfálticas possuem a função impermeabilizante de uma superfície de camada do pavimento. A Imprimação penetra na camada, promovendo o preenchimento dos vazios e diminuindo a possibilidade de infiltração de água. Na região de penetração do ligante haverá um ganho de coesão no material, apresentando também melhores condições de aderência.

São utilizados os asfálticos diluídos de baixa viscosidade e cura média (CM30 e CM70) com o objetivo de permitir a adequada penetração do ligante. O DNER recomenda que seja adotado uma taxa de aplicação do ligante entre 0,8 litros por metro quadrado e 1,6 litros por metro quadrado, em função do tipo de textura da camada onde será aplicado.

Qual o obejtivo da Pintura de Ligação?

As pinturas de ligação são aplicadas quando se deseja apenas promover uma superfície mais aderente. A taxa de aplicação deve ser próxima a 0,5 litro por metro quadrado, recomendando uma diluição na proporção volumétrica de 1 para 1 (1:1).

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Fontes:

BALBO, José Tadeu, “PAVIMENTAÇÃO ASFÁLTICA: Materiais, projeto e restauração”. São Paulo, 2007.

BERNUCCI, L.B; MOTTA, L.M.G; CERATTI, J.A.P; SOARES, J.B. “PAVIMENTAÇÃO ASFÁLTICA: Formação básica para Engenheiros”. Rio de Janeiro, 2008.

PEIXOTO, Creso de Franco; “GENERALIDADES DE PAVIMENTAÇÃO RODOVIÁRIA”. Rio Claro, 2003.

PRIETO, Valter; “NOTAS DE AULA – SUPERESTRUTURA RODOVIÁRIA”. Centro Universitário da FEI. São Bernardo do Campo, 2016.

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