A pavimentação consiste em uma das disciplinas mais importantes para projetos rodoviários, ferroviários e aeroportuários. O alto custo dos materiais de pavimentação pode ser decisivo em uma análise de viabilidade para o setor.
Trabalhando com projetos de pavimentação nos últimos anos consigo identificar 3 principais erros cometidos em dimensionamento, que podem custar muito caro.
1️⃣ Não fazer uma análise crítica do estudo de tráfego.
Normalmente os estudos de tráfego são realizados por outras empresas ou equipes. O tráfego já é fornecido em termos de número N para o engenheiro de pavimentação e muitos não fazem uma análise crítica desse estudo. Embora não seja de responsabilidade do engenheiro de pavimentação, o tráfego é importante demais para nós e não pode ser negligenciado.
Categoria: Pavimentos Asfálticos
Isso tem matado os nossos pavimentos asfálticos!
A restauração de pavimentos normalmente é realizada em etapas. Em obras urbanas ou em rodovias, o procedimento é similar. Uma faixa é fechada para a obra enquanto a outra é usada para a circulação dos veículos. Depois de concluida, a outra faixa é executada.
Infelizmente isso tem “matado” os pavimentos. É comum que as divisas de faixas tenham trincas longitudinais. Em rodovias ainda é normal que essas trincas sejam rapidamente seladas, evitando a infiltração de água.
Mas, e em trechos urbanos? Claramente isso não acontece!
O resultado são pavimentos “novos” e que rapidamente ficam “velhos”.
Quer aprender mais sobre a identificação, análise e correções de defeitos em pavimentos? Conheça meu curso Gerência de Pavimentos no link abaixo.
3 motivos de os pavimentos não durarem! Precisamos mudar isso!
Pavimentos são estruturas extremamente complexas e que requerem a análise de diversas variáveis. Muitas vezes os métodos de dimensionamento são simplificados, e fica parecendo que pavimentação é fácil.
Não, não é!
Dias atrás eu participei de mais uma entrevista para tratar sobre esse assunto, os defeitos em pavimentos. A grande questão é que existem variáveis que impactam diretamente no desempenho dos nossos pavimentos, fazendo com que surjam defeitos antes do que deveriam. Neste vídeo eu quero te apresentar 3 motivos de os pavimentos não durarem o quanto deveriam. Concorda comigo? Discorda? Deixe nos comentários, sua opinião é muito bem vinda!
Aprenda a realizar o controle deflectométrico de pavimentos rodoviários!
Eu comento bastante sobre dimensionamento de pavimentos. Seja por meio das publicações aqui do site Além da Inércia, no LinkedIN ou no meu curso. Mas, como saber se após o dimensionamento esse pavimento será executado corretamente? A fiscalização em campo é extremamente importante para que todas aquelas premissas de projeto sejam, agora, atendidas durante o processo de construção dessa estrutura. Vale sempre lembrar: o pavimento é uma estrutura de alto valor, então é muito importante que ela seja executada corretamente!
Estas são as funções dos pavimentos!
As estruturas da engenharia civil estão presentes no dia-a-dia das pessoas, de forma que, muitas vezes, o leigo acredite que tem conhecimento suficiente para opinar sobre alguns conceitos que tangenciam nossa profissão. Não é atoa que vemos construções residenciais sem a consulta de um profissional capacitado para de fato projetar, planejar e executar aquela construção. Na pavimentação acontecem alguns pontos parecidos. O fato de diariamente presenciarmos os pavimentos em ruas da cidade, muitas vezes trincados, infelizmente, faz com que pensemos que esse é o normal. “Pavimentos sempre estarão trincados”, é o que o público leigo acaba pensando.
Bom, nosso papel como engenheiros e educadores é justamente prevenir com que esse tipo de pensamento aconteça. E isso só ocorrerá quando começarmos a tratar os pavimentos de fato como estruturas que devem e precisam ser conservadas. Mudar essa linha de pensamento é muito mais do que algo estético, manter pavimentos conservados tem como objetivo a manutenção das funções de um pavimento. Mas, qual seriam essas funções?
Entenda como a água pode danificar os pavimentos!
Um pavimento é definido como uma estrutura capaz de resistir aos esforços horizontais e verticais, proporcionando segurança e comporto ao usuário. Contudo, diversos são os fatores que podem influenciar e diminuir a capacidade estrutural ou funcional dos pavimentos, por exemplo, a água. Segundo SUZUKI, AZEVEDO e KABBACH JUNIOR (2013) a água pode infiltrar no pavimento através de juntas, trincas, bordos de acostamentos ou outros defeitos presentes na superfície do pavimento. Contudo, além de processos de infiltração, água livre nos pavimentos pode também ser resultado da elevação do lençol freático ou ascenção capilar.
O caminho da água até o pavimento
Os manuais de projeto de dimensionamentos, como o do DNIT (2006) e da AUSTROADS (2017), recomendam que o lençol freático seja rebaixado em, pelo menos, 1,5 metros através da instalação de drenos profundos longitudinais. Contudo, SUZUKI, AZEVEDO e KABBACH JUNIOR (2013) relatam que mesmo com esse rebaixamento do lençol freático, o subleito continua com uma umidade excessiva e que a infiltração de água é a principal responsável.
Entenda o Módulo de Resiliência e Módulo Complexo das misturas asfálticas

O dimensionamento de pavimentos requer que alguns parâmetros sejam estabelecidos previamente para modelar a estrutura e então calcular as respostas estruturais. No método semi-empírico de dimensiomento o único parâmetro dos materiais necessário é o índice de suporta califórnia (CBR) do subleito, uma vez que as outras camadas são encontradas assuindo um CBR mínimo de 20% para subbase e 100% – ou 80% dependendo do tráfego – para materiais de base.
Deformação Permanente – Descubra como e por que os pavimentos afundam!

No processo de aprendizagem, nós engenheiros estudamos diversas disciplinas que ditam o comportamento de estruturas, como a resistência dos materiais e a teoria das estruturas. No dimensionamento de qualquer estrutura existe um critério de falha, definido para que quando o carregamento solicitante for maior que admissível ocorre a falha do elemento estrutural.
Os pavimentos, assim como estruturas de vigas e pilares, também assumem critérios de ruptura para dimensionamento da estrutura. Entretando, os pavimentos apresentam uma particularidade que muitos consideram como previlégio e que, muitas vezes, é utilizado como justificativa para as negligências que ocorrem nesse tipo de estrutura.
Qual é esta particularidade? Bom, os pavimentos não caem! Mas, não fique feliz pois eles afundam! Nesse artigo vamos discutir como e por que ocorre o afundamento de pavimentos.
Conheça as características e variações de Misturas Asfálticas Mornas e Semimornas!

As misturas asfálticas desempenham um papel muito importante na nossa sociedade moderna, sendo o principal tipo de revestimento utilizado nas rodovias e o asfalto um dos materiais mais utilizados no mundo. Por outro lado, do mesmo modo que estes materiais são importantes, quando aquecidos eles são responsáveis pelo aumento de emissões de efeito estufa. Além disso, os fumos de asfalto resultantes da usinagem de misturas asfálticas são prejudiciais para saúde dos operadores durante o processo de usinagem, transporte e compactação. Se quiser conhecer um pouco mais sobre as consequências ambientais do aquecimento de misturas asfálticas leia nosso artigo clicando aqui.
Mas, como reduzir a emissão desses gases e fumos de asfalto?
Uma das formas de reduzir os efeitos danosos do aquecimento das misturas asfálticas é justamente diminuindo sua temperatura de usinagem, transporte e compactação. Contudo, a redução de temperatura não pode ocorrer apenas por um processo de escolha tendo em vista que a temperatura utilizada desempenha função importante na qualidade final da mistura.
Fumos de Asfalto – Conheça as consequências ambientais do aquecimento de Misturas Asfálticas!

As misturas asfálticas, e em mais específico o concreto asfáltico usinado a quente, são utilizadas em quase todas as obras de infraestrutura rodoviária no Brasil e no mundo. Essas misturas usinadas são, em sua maioria, aquecidas em temperaturas da ordem de 150°C a 170°C. Como vimos no artigo sobre oxidação do ligante asfáltico, o aquecimento em elevadas temperaturas faz com que parte oleosa (aromáticos) diminua e os asfaltenos aumentem, gerando um envelhecimento de curto prazo no processo de usinagem.
Mas por que aquecer a mistura asfáltica? Vamos relembrar!
O aquecimento para o processo de usinagem de uma mistura asfáltica a quente tem 3 objetivos. O primeiro objetivo está relacionado com a secagem dos agregados, pois caso o agregado possua umidade pode ocorrer um processo conhecido como “stripping“. O stripping consiste da perda de aderência entre ligante e agregado e que começa, geralmente, da parte inferior da camada asfáltica.





