A importância do rigor dos estudos de tráfego em projetos de pavimentos!

⚠️ Cuidado com as armadilhas…

A nova instrução de projeto de pavimentação do Departamento Estradas de Rodagem do Estado de São Paulo (DER-SP) incorporou critérios de confiabilidade no cálculo do Número N. Como forma de comparação, se pensarmos em uma confiabilidade de 85% o número N (do modo como o conhecíamos) deve ser majorado entre 2,60 e 2,93 vezes. O acréscimo no número N é reflexo das incertezas presentes em projetos de pavimentação.

Ao ver esse acréscimo, talvez alguns que não entendem o conceito de confiabilidade comecem a pensar: “Ah, então podemos flexibilizar os estudos de tráfego…”

E a resposta é não, não e não! Três vezes acho que é o suficiente para não gerar dúvidas, né?

Para que a nova IP do DER-SP seja efetiva, nós não podemos “flexibilizar” nossos estudos com a “justificativa” errônea de que o tráfego está sendo “superestimado”. Não é isso que está acontecendo.

Vamos entender o que acontece se você “flexibilizar” o estudo de tráfego?

Quando você flexibiliza o estudo de tráfego, reduzindo pontos de contagem ou análises da carga transportada, o resultado será um aumento da incerteza de volume ou carga no cálculo do seu número N. Considere um número N de 1E+7 para 85% de confiabilidade, de modo que mantendo o rigor nos estudos de tráfego tivessemos 10% de coeficiente de variação.

Caso o estudo seja flexibilizado, aumentando o coeficiente de variação para 30%, o número N agora deveria ser de aproximadamente 3,60E+7 para manter a mesma confiabilidade no projeto. Ou seja, cuidado com a armadilhas que vão surgir por ai. Mantenha a qualidade dos seus projetos!

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