Quando pensamos em pavimentação asfáltica, é comum imaginar que o “asfalto” seja um único tipo de material, com uma única composição e comportamento. Mas essa visão simplificada não poderia estar mais distante da realidade técnica. A verdade é que existem diversos tipos de ligantes asfálticos, misturas com diferentes granulometrias, aditivos, modificadores e desempenhos específicos para cada aplicação. Escolher o tipo de asfalto adequado pode significar a diferença entre uma pavimentação durável e uma cheia de defeitos.
Neste carrossel, vamos esclarecer o mito e explicar o porquê asfalto não é tudo igual.
A escolha do ligante asfáltico adequado é um fator determinante para o desempenho e a durabilidade dos pavimentos. Esse material é responsável por unir os agregados e conferir ao pavimento propriedades mecânicas adequadas, garantindo resistência, flexibilidade e desempenho frente às condições ambientais e de tráfego. Neste artigo, discutiremos os principais aspectos a serem considerados na seleção do ligante asfáltico para seu projeto.
A escolha dos materiais de pavimentação é um fator determinante para o desempenho estrutural e funcional das vias. Um erro nessa etapa pode resultar em falhas prematuras, aumento dos custos de manutenção e redução da vida útil do pavimento. Neste artigo, abordaremos cinco erros comuns na seleção de materiais de pavimentação, comparando suas consequências e destacando as melhores práticas para evitá-los.
Com as circunstâncias que temos hoje, não dá para imaginar um cenário em que não seja necessária uma verificação mecanicista do pavimento. Afinal, a mecânica do pavimento vem justamente para proporcionar ganho de desempenho aos pavimentos, evitando falhas precoces. Neste cenário, há diversos softwares que podem ser utilizados para verificação mecanicista. Aqui, eu te apresento 3 opções:
ELSYM5
O ELSYM5 (ELASTIC LAYERED SYSTEM 5) é certamente o software mais utilizado para essa finalidade. É um software confiável e, se você trabalha com projetos de pavimentação, com certeza já teve acesso a ele. O software permite simular um pavimento composto por até 5 camadas, incluindo o subleito. As análises são realizadas com comportamento elástico linear, de modo que para rodar uma simulação são necessárias informações quanto ao material (espessura, módulo de resiliência e coeficiente de poisson) e ao carregamento (carga aplicada, pressão dos pneus e geometria).
A pavimentação das vias urbanas e rurais desempenha um papel fundamental na segurança viária. Quando bem planejada e executada, ela contribui significativamente para a redução de acidentes de trânsito, além de promover a fluidez no tráfego e a durabilidade das infraestruturas. A qualidade do pavimento afeta diretamente o comportamento dos motoristas, a estabilidade dos veículos e, consequentemente, a segurança dos usuários das vias. Neste contexto, vamos discutir no artigo de hoje como a pavimentação impacta positivamente na prevenção de acidentes e no aumento da segurança nas rodovias.
A Relação entre Pavimentação e Segurança Viária
Pavimentação de qualidade não se limita apenas ao aspecto estético ou à durabilidade da estrada. Ela tem um impacto direto nas condições de aderência dos pneus ao pavimento, na visibilidade para motoristas, na drenagem da água das chuvas e no conforto dos usuários. Esses fatores desempenham um papel vital na redução de incidentes e na melhoria da segurança.
Em Novembro de 2023 fomos surpreendidos com um vídeo mostrando o material asfáltico se soltando no momento da decolagem de uma aeronave no Aeroporto de Navegantes. Diversos sites de noticiaram esse caso mostrando o vídeo e as fotos, que são realmente impressionantes.
Recentemente a Infraero anunciou que o Aeroporto de Congonhas passará por uma reforma, a qual inclui dentro de suas atividades a fresagem e aplicação de uma nova camada asfáltica – a Camada Porosa de Atrito. Hoje nosso vídeo no Youtube é sobre esse assunto!
Você sabe o por que os pavimentos afundam? Este é o tema do novo vídeo do nosso canal no Youtube! Acesse o link abaixo e não se esqueça de deixar um comentário!
Figura 1 – Módulo de misturas asfálticas. Fonte da Figura: Freepick
O dimensionamento de pavimentos requer que alguns parâmetros sejam estabelecidos previamente para modelar a estrutura e então calcular as respostas estruturais. No método semi-empírico de dimensiomento o único parâmetro dos materiais necessário é o índice de suporta califórnia (CBR) do subleito, uma vez que as outras camadas são encontradas assuindo um CBR mínimo de 20% para subbase e 100% – ou 80% dependendo do tráfego – para materiais de base.
Figura 1 – Comparação de aplicação de Mistura Asfáltica Quente (esquerda) e mistura morna (direita). Fonte da Figura: Barthel et al, 2004.
As misturas asfálticas desempenham um papel muito importante na nossa sociedade moderna, sendo o principal tipo de revestimento utilizado nas rodovias e o asfalto um dos materiais mais utilizados no mundo. Por outro lado, do mesmo modo que estes materiais são importantes, quando aquecidos eles são responsáveis pelo aumento de emissões de efeito estufa. Além disso, os fumos de asfalto resultantes da usinagem de misturas asfálticas são prejudiciais para saúde dos operadores durante o processo de usinagem, transporte e compactação. Se quiser conhecer um pouco mais sobre as consequências ambientais do aquecimento de misturas asfálticas leia nosso artigo clicando aqui.
Mas, como reduzir a emissão desses gases e fumos de asfalto?
Uma das formas de reduzir os efeitos danosos do aquecimento das misturas asfálticas é justamente diminuindo sua temperatura de usinagem, transporte e compactação. Contudo, a redução de temperatura não pode ocorrer apenas por um processo de escolha tendo em vista que a temperatura utilizada desempenha função importante na qualidade final da mistura.