Entenda como a água pode prejudicar o desempenho dos pavimentos!

A água é um dos maiores inimigos dos pavimentos. Seja infiltrando pelas trincas, acumulando na base ou comprometendo a adesão entre as camadas, sua presença pode acelerar a deterioração e reduzir significativamente a vida útil da estrutura. Mas como isso acontece na prática? E quais são os principais mecanismos de falha causados pela umidade? Neste artigo, vamos explorar os impactos da água nos pavimentos e as melhores estratégias para minimizar seus danos.

A importância da drenagem no desempenho dos pavimentos

A drenagem é um dos fatores mais críticos para a durabilidade e desempenho dos pavimentos rodoviários e aeroportuários. Um sistema de escoamento inadequado pode acelerar processos de degradação, reduzindo significativamente a vida útil das estruturas e elevando os custos de manutenção. Neste artigo, vamos falar sobre como a drenagem influencia o comportamento dos pavimentos e quais soluções técnicas podem mitigar seus impactos negativos.

Entenda como a água pode danificar os pavimentos!

Figura 1 – Entenda como a água pode danificar os pavimentos. Fonte: Autor, 2019.

Um pavimento é definido como uma estrutura capaz de resistir aos esforços horizontais e verticais, proporcionando segurança e comporto ao usuário. Contudo, diversos são os fatores que podem influenciar e diminuir a capacidade estrutural ou funcional dos pavimentos, por exemplo, a água. Segundo SUZUKI, AZEVEDO e KABBACH JUNIOR (2013) a água pode infiltrar no pavimento através de juntas, trincas, bordos de acostamentos ou outros defeitos presentes na superfície do pavimento. Contudo, além de processos de infiltração, água livre nos pavimentos pode também ser resultado da elevação do lençol freático ou ascenção capilar.

O caminho da água até o pavimento

Os manuais de projeto de dimensionamentos, como o do DNIT (2006) e da AUSTROADS (2017), recomendam que o lençol freático seja rebaixado em, pelo menos, 1,5 metros através da instalação de drenos profundos longitudinais. Contudo, SUZUKI, AZEVEDO e KABBACH JUNIOR (2013) relatam que mesmo com esse rebaixamento do lençol freático, o subleito continua com uma umidade excessiva e que a infiltração de água é a principal responsável.