A gerência de pavimentos exige métodos confiáveis para avaliar o estado funcional das vias e orientar intervenções de manutenção e reabilitação. No Brasil, uma das ferramentas mais utilizadas para essa finalidade é o IGG – Índice de Gravidade Global. Trata-se de um indicador numérico que reflete, de forma sintetizada, a condição superficial do pavimento, sendo amplamente adotado por órgãos públicos e concessionárias.
Mas o que torna o IGG tão relevante na prática? E por que ele continua sendo um dos principais pilares dos sistemas de Gerência de Pavimentos no país? Vamos entender agora.
O que é o IGG e como ele é obtido?
O IGG é um índice que mede a qualidade superficial das vias, onde valores mais altos indicam um pavimento mais defeituoso. Ele é calculado a partir de inspeções visuais realizadas em campo, nas quais se identificam os defeitos presentes na superfície do pavimento, sua frequência e sua gravidade.
O cálculo segue as seguintes etapas:
- Estações e Levantamento visual dos defeitos presentes ao longo de trechos homogêneos.
- Classificação dos defeitos conforme tipo, frequência e grau de severidade.
- Aplicação de pesos específicos para cada tipo de defeito, definidos por pesquisas empíricas e normas técnicas.
- Cálculo do IGG com base em uma fórmula ponderada, que considera a contribuição individual de cada defeito para o comprometimento da superfície.
Vantagens do uso do IGG
- Adequação à realidade brasileira: O IGG considera defeitos comuns em pavimentos nacionais, como remendos mal executados, trincas de fadiga (trinca “jacaré”), afundamentos e exsudações — adaptando-se melhor às nossas condições climáticas e operacionais.
- Ferramenta de apoio à decisão: Por meio do IGG, é possível classificar os pavimentos em faixas de condição (boa, regular, ruim, péssima), auxiliando na priorização de investimentos.
- Baixo custo de aplicação: Como o levantamento é predominantemente visual, o método é acessível mesmo para municípios com recursos limitados.
- Compatibilidade com planos de manutenção: O IGG pode ser integrado a bancos de dados georreferenciados e vinculado a planos plurianuais de manutenção e reabilitação de pavimentos.
- Padronização de critérios: A utilização de faixas de IGG permite uma avaliação objetiva, evitando subjetividades na análise de campo.
Limitações do IGG – e como superá-las
O IGG, assim como outros índices funcionais, não substitui ensaios estruturais como os deflectométricos. Ele avalia a condição superficial, não a capacidade de suporte da estrutura. Portanto, deve ser utilizado como parte de um sistema de avaliação integrado. Além disso, a qualidade do índice depende diretamente da capacitação da equipe de levantamento e da padronização da metodologia adotada.
O IGG no contexto da Gerência de Pavimentos
Com a digitalização da infraestrutura viária, o IGG pode ser potencializado por ferramentas como drones, mapeamento por imagens, e sistemas de informação geográfica (SIG). Também é possível integrá-lo a modelos de previsão de deterioração, tornando a gestão mais proativa e eficiente.
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