Os pátios aeroportuários tem a função de estabelecer área compatível de docagem, rampas, das Aeronaves. Dentre os fatores que influenciam nas dimensões do pátio pode-se destacar o número de posições e o sistema de estacionamento.
A disposição das aeronaves é a maneira como elas estão posicionadas em relação a interface, onde são consideradas como essas posições afetam as operações de embarque e desembarque dos passageiros. Além disso, considera-se o ruídos dos jatos das turbinas e as sensações térmicas. As disposições são:
- Longitudinal: É o que apresenta a maior área. Apresenta como vantagem as portas de entrada e saída próxima ao TPS, além de menor ruído no TPS. Não precisa de reboque.
- Obliqua (Nariz para dentro): Apresenta área elevada, embora menor que a longitudinal. Como vantagem não precisa de reboque.
- Transversal (Nariz para dentro): Apresenta menor área ocupada. Baixo nível de ruídos, além do jato de ar não afetar o TPS. Como desvantagem ele necessita de um push back e porta traseira distante.
- Obliqua (Nariz para fora): Área menor que a obliqua para dentro e não precisa de reboque. Como desvantagem, o jato de ar gera impacto no TPS.
- Transversal (Nariz para fora): Área igual a obliqua para fora, ruídos não afetam o TPS, mas o jato de ar ataca violentamente o TPS.
Além do posicionamento das aeronaves, influencia o tipo de Sistema adotado no TPS. O Sistema Frontal é ideal para o volume de hora pico reduzido de aeronaves e se caracteriza por alinhamento de aeronaves imediatamente junto a superfície entre TPS e Pátio. O Sistema Expandido é ideal para volume elevado ao longo dos anos de vida útil. É uma solução com alinhamento extra, com o pátio avançando e permitindo embarque direto. A Figura 1 ilustra o sistema frontal.
O Sistema com Fingers é ideal para volume elevado e é utilizado em grande aeroportos, permitindo estabelecer grande extensão de interface. Por fim, o Sistema de Satélites é ideal para circulação de aeronaves no pátio, pois permite passagem em toda a volta do satélite. É uma solução para demanda elevadíssima de tráfego, mas envolve uma obra de elevado custo. A Figura 2 ilustra o Sistema de Fingers e a Figura 3 o Sistema de Satélites.
A capacidade do pátio deverá ser estabelecido para a capacidade ideal ou capacidade restrita. A Capacidade ideal é aquela que qualquer aeronave de determinado tipo pode utilizar qualquer doca sem a necessidade de reserva para uma companhia. A Capacidade restrita é quando as vagas tem reserva de uso para determinada companhia. A Equação 1 representa o número de posições no patio para atender Mix de Frota, onde “lambida” é o volume de projeto (Aeronaves/hora), T é a média ponderada dos tempos de parada e U é a taxa de utilização. Para capacidades ideais, U varia entre 0,6 e 0,8 e para capacidades restritas varia entre 0,5 e 0,6.
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FONTES:
PEIXOTO, C.F. “NOTAS DE AULA DA DISCIPLINA DE AEROPORTOS”. Centro Universitário da FEI: São Bernardo do Campo, 2017.
PEIXOTO, C.F. “INTRODUÇÃO À ENGENHARIA AEROPORTUÁRIA”. Rio Claro, 2015.