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Características do CBUQ – A principal mistura asfáltica utilizada no Brasil!

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Fonte da Figura: http://www.satel.com.br/

O concreto betuminoso usinado a quente (CBUQ), conhecido também como concreto asfáltico usinado a quente (CAUQ), pode ser considerado a mais comum e tradicional mistura asfáltica quente utilizada no Brasil. O material está descrito na DNIT 031/2006.

O CBUQ é resultado da mistura de agregados, em geral bem graduados, de material fino para enchimento (filer) e do cimento asfáltico de petróleo (CAP). A massa formada pela mistura entre CAP e filer é chamada de mastique asfáltico, e além de preencher os vazios na mistura, o filer tem por função aumentar a viscosidade do material.

O Concreto Betuminoso Usinado a quente é elaborado em usinas misturadoras, e a massa formada pela mistura entre o fíler e o CAP é chamado de “Mástique Asfáltico”. Devido a presença do CAP, quando aquecido o mástique amolece, diminuindo a viscosidade, e facilitando a sua aplicação. Essa mistura, além do uso rodoviário, pode ser utilizado em diversos ramos da Engenharia Civil, como por exemplo em fachadas e juntas. A Figura 1 ilustra o material.

Figura 1 – Corpo de prova de CBUQ.

Um CBUQ denominado de denso possui de 2 a 4% de vazios, e exige um rigoroso controle tecnológico. Esses vazios são importantes para evitar as trincas precoces devido a variação térmica diária, ou ainda deformações por fluência. Quando o concreto asfáltico é mais aberto, ou seja, com mais vazios e menor rigor na distribuição granulométrica, ele é chamado de pré misturado a quente (PMQ).

Quando a camada asfáltica é dividida em duas, a superficial é chamada de camada de rolamento e a inferior é chamada de binder, ou camada de ligação. A Figura 2 ilustra o processo de fabricação do CBUQ, onde os agregados devem entrar sempre em temperatura superior ao CAP para que ocorra o total envolvimento do ligante ao agregado. A mistura asfáltica possui temperatura de aplicação entre 107° C e 177° C, devendo ser verificado por responsável em campo. Caso a mistura atinja temperatura maior do que 177° célsius, ocorre a oxidação precoce do material. A Tabela 1 apresenta os valores indicados para utilização do CBUQ, conforme DNIT 031/2006.

Figura 2 – Processo de fabricação do CBUQ. Fonte da Figura: Autor desconhecido.

Tabela 1 – Faixas granulométricas para CBUQ.

A fabricação do CBUQ é na faixa dos 175ºC para que não ocasione a queda da temperatura da mistura final. O CBUQ deverá chegar na pista de aplicação em temperaturas que variam de 140 à 145°C.

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Fontes:

BALBO, José Tadeu, “PAVIMENTAÇÃO ASFÁLTICA: Materiais, projeto e restauração”. São Paulo, 2007.

BERNUCCI, L.B; MOTTA, L.M.G; CERATTI, J.A.P; SOARES, J.B. “PAVIMENTAÇÃO ASFÁLTICA: Formação básica para Engenheiros”. Rio de Janeiro, 2008.

PEIXOTO, Creso de Franco; “GENERALIDADES DE PAVIMENTAÇÃO RODOVIÁRIA”. Rio Claro, 2003.

PRIETO, Valter; “NOTAS DE AULA – SUPERESTRUTURA RODOVIÁRIA”. Centro Universitário da FEI. São Bernardo do Campo, 2016.

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